Embora autoconhecimento e autocuidado pareçam ser a mesma coisa, este último é mais abrangente que o primeiro.
O autoconhecimento pressupõe que você seja um objeto a ser conhecido, ou seja, o objetivo é adquirir um certo domínio sobre si pelo conhecimento.
O autocuidado engloba o autoconhecimento, mas vai além ao propor a pesquisa sobre si — uma constante observação e prática que gera transformações pessoais profundas.
Um processo terapêutico é uma forma de autocuidado que leva ao autoconhecimento, mas não se encerra nele. Entenda melhor, nesse texto.
Auto conhecimento: objeto a ser desvendado
Sócrates expressou a ideia: Conhece-te a ti mesmo, como uma proposta de análise interior profunda, onde a ideia é que há uma verdade a ser descoberta e que devemos encontrá-la.
No entanto, Freud, ao propor a tese da existência de um elemento irracional em nossa mente — o inconsciente — nos mostra que essa ‘verdade’ não pode ser buscada de maneira tão racional assim.
Autocuidado: pesquisa constante de si
O autocuidado é mais abrangente que autoconhecimeto — é uma forma de vida, uma prática, uma atenção diária, um exercício contínuo, um labor.
Cuidar de si envolve dar conta de sua própria conduta, consigo e com os outros, através de um permanente cuidado e atenção aos seus processos.
O autocuidado e a psicanálise
O autocuidado visa a transformação, assim como o processo analítico, através do olhar atento sobre a sua trajetória para ressignifica’-la e criar novos sentidos e direções para ela.
É um processo dinâmico, ativo, onde você não é um objeto a ser desvendado, como propõe o autoconhecimento, mas um sujeito ativo, capaz de se transformar no que nunca foi.
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5 comentários em “Autocuidado ou Autoconhecimento?”