A saúde mental no Brasil

Somo o país mais ansioso do mundo e o 5° mais depressivo.

Não é à toa, que acompanhamos o crescimento desenfreado da indústria farmacêutica. O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial desse mercado que fatura mais de R$63 bilhões por ano em território nacional.

O pensamento neoliberal transforma tudo em transtorno e resolve medicalizando as pessoas — é o modelo americano de gestão das políticas públicas de saúde mental.

Essa abordagem não considera o contexto social e cultural do sujeito, porque mais importante é girar a roda do sistema produtivo, sem questioná-lo, de preferência.

No Brasil, temos um excelente trabalho oferecido pelo SUS, nas CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), mas ainda falta investimento — temos estrutura, mas falta recurso.

A psicanálise quer que o sujeito seja mais questionador e isso não interessa ao modelo neoliberal da gestão do sofrimento. Mas sim, te envolver com a indústria farmacêutica, que vai muito bem, por sinal.

Pela falta de informação, essa prática de saúde mental ainda é mal compreendida por muitos, mas o caminho que ela propõe — o autocuidado— é uma abertura para o desenvolvimento pessoal e também social.

Cuidar de si implica cuidar do próximo. Precisamos de sujeitos mais questionadores, mais empáticos, mais comprometidos consigo e com o outro.

Toda a mudança que queremos ver no mundo começa por nós mesmos.

A proposta deste blog é ser um canal para a palavra escrita, com textos que tratam de temas humanos, contemporâneos e atemporais. Te convido a me acompanhar nessa jornada onde a palavra é o meio da mais pura expressão de si.