Você pode até saber o que disse, mas nunca o que o outro escutou.
Lacan
Ruídos e rupturas podem acontecer nos relacionamentos quando a COMUNICAÇÃO não é clara. Não somente nas relações amorosas, mas também no trabalho, com filhos, amores ou amigos.
A palavra comunicar vem do latim “communicare“, que significa “partilhar“. O nosso instrumento para compartilhar nossos desejos e necessidades é a fala.
No entanto, muitas vezes, sentimos que somos incapazes e bloqueamos nossa expressão por medos e fantasias que podem vir lá da infância.
Já parou para pensar em como você se expressa? E como a sua maneira de se comunicar pode ser uma repetição de padrões infantis?
Eu tinha vergonha de existir
Como você se expressa?
Foi com essa pergunta que abrimos a nossa última roda de conversa com o tema comunicação. Como em todo encontro, voltamos o olhar para nós mesmas, para a nossa história.
Convidamos as mulheres a se lembrarem da criança que foram e da forma como se dirigiam aos seus pais ou cuidadores, quando precisavam ou queriam algo.
— O que sentiam?
— Conseguiam se expressar?
— Como eram acolhidas?
Surgiram lembranças como:
— Eu não falava para não incomodar.
— Não queria atrapalhar.
— Eu tinha medo de falar e meu pai brigar comigo.
— Eu tinha vergonha de existir.
Conversamos sobre os caminhos que as levaram a construir as NARRATIVAS que norteiam tais comportamentos. Vimos como a comunicação na vida adulta estava atravessada por fantasmas da infância.
Cada uma, em sua história, pode perceber suas dificuldades em se expressar. A maioria falou que a terapia ajuda nesse esclarecimento e a se libertar de velhos padrões.
Partilhamos nossas histórias, acolhendo a criança que fomos, para nos tornarmos a Mulher que somos.
Nas rodas de conversa terapêuticas, criamos um espaço acolhedor para falar sobre o que nos afeta, reconhecer e elaborar fantasias sobre o nosso existir no mundo!
Deixamos transbordar emoções que, muitas vezes, reprimimos e tentamos conter por medo ou por não saber o que fazer com elas.
Quando permitimos que apareçam, jogando luz sobre o que estava obscuro — temos a possibilidade de fazer algo com isso.
Tomamos as rédeas da nossa vida, para fazer escolhas mais conscientes e condizentes com quem somos hoje.
Conquistamos clareza sobre nossos desejos e como os expressar, abandonando velhas formas de comunicar, que já não servem mais.
Quando falamos sobre nossas histórias, sempre únicas, nos aproximamos, apesar das diferenças, pois partilhamos a mesma aventura que é viver como uma MULHER!
Vamos juntas!
Se quiser participar das nossas rodas de conversa terapêuticas, entre em contato. Ou, se preferir, agende uma sessão.
Descubra mais sobre Adriana Prosdocimi | Psicóloga e Psicanalista
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