Diálogo. No grego: dia — atravessar; logos — conhecimento/significado. Portanto, significado que atravessa…
O ponto central para uma boa escuta e uma comunicação não violenta é: “empenhar-se para que o significado do que o outro diz e sente chegue até você. (Christian Dunker e Cláudio Thebas em ‘O palhaço e o Psicanalista’)
A comunicação é cheia de ruídos. A escuta atenta ajuda a criar um diálogo, onde a mensagem do outro nos atravessa.
A comunicação não violenta é um processo de pesquisa desenvolvido por Marshal Rosenberg.
No livro o Palhaço e o Psicanalista, Christian e Thebas listam 7 regras baseadas na reciprocidade, necessária para uma boa escuta. Fiz um breve resumo para vocês e é sobre elas que vamos falar hoje!
7 Regras para uma comunicação não violenta
Falar em primeira pessoa
EU. Assuma para si. Não fale pelo outro. Assuma a responsabilidade pelo que você sente. Seja protagonista.
Responsabilidade com o que se diz
Implicação. Reconheça a sua responsabilidade nos acontecimentos e não culpe os outros. Falar o que o outro quer ouvir, nos acovarda e empobrece nossa fala.
Exponha o que se sente
Sinceridade. Encontre as palavras certas e o tempo necessário. Fale de si e evite colocar intenções, ideias e desejos no outro.
Cuidado com a denegação
Freud descreveu um processo chamado denegação. Uma negação sem contexto, exagerada ou muito assertiva, pode ser lida com o sentido contrário. Esteja atento às frases que comecem com “não”. Evite-as.
Respeite o fluxo: pedir, receber, dar e retribuir
Falar é pedir algo (compreensão, amor, atenção…). Um risco, pois expõe a nossa vulnerabilidade. Escutar o pedido do outro demanda esclarecimento ou tradução da mensagem. Esclarecido o pedido e a recepção — troca, doação.
“Escutar é dar seu silêncio e atenção, assim como falar é dar palavras para o outro.”
A experiência partilhada, é um presente.
Corra riscos… com cuidado
Arrisque-se a ter cuidado ao falar e ao ouvir. Esteja atento.
“A escuta compromete, cria equívocos e implicações.”
“Escutar é um ato de coragem.”
Distinguir: culpa, responsabilidade e implicação
Busque refletir sobre a sua implicação, o que de você quer falar ali ou escutar. Assuma isso. Responsabilize-se quando preciso e evite apontar culpados, mas busque soluções para os conflitos.
“A implicação produz sujeitos e desejo, a responsabilidade produz compromissos e reparações, já a culpa produz vítimas e carrascos, santos e vilões.”
“Responsabilizar aponta para a solução. Culpar aponta para o problema.”
A comunicação não violenta precisa de uma boa escuta, antes de tudo. Escute com mais cuidado e atenção a si e ao outro e comunique-se!
Se precisar de ajuda para superar limites e bloqueios de comunicação, entre em contato comigo!