África do Sul: uma viagem a meia luz

No dia do meu aniversário, parti para uma aventura: 21 dias na África do Sul. Com uma bagagem de mão, leve para conhecer outras terras, celebrar a diversidade e amar estar viva. 

Essa é a sensação que viajar me traz: me sinto VIVA! 

É quando estou atenta ao novo e me maravilho com as cores, texturas e culturas. E aprendo. Volto de cada viagem, com algum conhecimento a mais, não só sobre o que vi, mas sobre o que senti.

África do Sul: uma viagem a meia luz é um relato das aventuras que vivi nesse país cheio de belezas e contradições, dividido em cinco partes. Uma viagem, que poderia chamar de um safári de emoções, porque também me fez visitar diferentes lugares em mim.

Cortesia da cia aérea por ser meu aniversário

A viagem para fora, te leva para dentro

Não foi por acaso que escolhi a expressão “meia luz” para o título desse texto. A situação energética da África do Sul está em crise há anos, por diferentes motivos. Recentemente, em 2022, o país sofreu cortes de eletricidade e apagões.

As ruas têm baixa iluminação, principalmente no interior. Fui alertada a não dar bobeira a noite, por ser perigoso. Tive medo em muitos momentos. Precisei lidar com ele para não me paralisar ou me impedir de viver o que eu me propusera. 

Meia luz. Sem muita luz para ofuscar nem escuridão para esconder — a iluminação ideal para estar atenta. A viagem para fora, te leva para dentro.

Parte 1: Encontros mágicos

É no inesperado, que o esperado acontece 

(Pat Papo)

O voo para Joanesburgo durou três horas a mais do que o previsto, devido a um imprevisto. Uma jovem passou mal uma hora depois que decolamos, e precisou ser atendida por um médico (passageiro), que logo suspeitou de apendicite. 

Ela precisava de atendimento urgente e não podia esperar 8 horas sobrevoando o oceano atlântico até chegar em Joanesburgo. Poucos minutos depois, o piloto anunciou que voltaríamos para São Paulo devido a essa emergência. 

Aterrissamos novamente em Guarulhos, a jovem foi atendida e encaminhada para um hospital. Meia hora depois, decolamos novamente. Devido a esse atraso, eu perderia a conexão para Cape Town. A CIA aérea me colocaria em outro voo, mas eu só saberia quando chegasse lá.

Eu estava ansiosa com a chegada em Joanesburgo, uma cidade conhecida por ser violenta, principalmente por ser uma mulher, viajando sozinha. A minha ansiedade, ou medo, me deixava vulnerável, mas, ao mesmo tempo, era uma oportunidade de me conectar com as pessoas.

E me surpreender.

A minha vulnerabilidade virou força

No voo, tive a sorte de me sentar ao lado de uma moça muito simpática, de Joanesburgo, que me deu várias dicas durante o trajeto. Percebi que mesmo sozinha, encontro boas pessoas no caminho, o que chamo de encontros mágicos. 

Após 9 horas de voo, desembarquei em Joanesburgo e pisei pela primeira vez no continente africano. Senti um misto de emoções, mas não tive tempo de me ater a elas, pois tinha que me informar sobre o voo para Cape Town.

Vista do avião de Joanesburgo

Na saída do avião, uma funcionária da cia aérea me deu as orientações necessárias e saí apressada em direção à imigração. Nisso, uma brasileira se aproximou, me perguntando se eu iria para Cape Town; falou que me ouviu conversando com a funcionária e veio atrás de mim.

Ela, uma simpatia, baiana, advogada, que viajava para Cidade do Cabo para estudar inglês, também tinha perdido o voo, mas não falava bem a língua e estava apreensiva, por isso queria minha ajuda.

Juntas, corremos de um lado para o outro do aeroporto por horas — nos colocaram no último voo do dia — para tentar antecipar, já que tinham muitas opções mais cedo. Eu só queria chegar. Mas não aconteceu.

O máximo que conseguimos foi um vale-alimentação com a cia brasileira que nos colocou naquela situação. Isso significava mais algumas horas de espera e, apesar de cansada, eu estava feliz por estar em ótima companhia!

Mais um encontro mágico, de duas mulheres, que viajavam sozinhas e enfrentavam seus medos e inseguranças. Nos apoiamos, passamos por momentos tensos, mas nos sentimos mais seguras por estarmos juntas.

E nos divertimos!

Nesse chá de aeroporto, com a minha recém-amiga baiana, cometi a primeira gafe da viagem! Pelo menos, rendeu boas risadas e uma história para contar. Mas isso é tema para o próximo texto do relato: África do Sul: uma viagem a meia luz.

Vem viajar comigo!


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Publicado por Adriana Prosdocimi Psicanalista

Psicóloga e psicanalista. Consultas online — uma forma de atendimento que rompe as barreiras da distância, facilitando o acesso ao psicólogo, inclusive para os brasileiros que vivem no exterior.

7 comentários em “África do Sul: uma viagem a meia luz

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