No fim, tudo dá certo

A minha primeira vez no continente africano, começou com uma maratona no aeroporto de Joanesburgo, na tentativa de adiantar o voo para Cape Town, que eu perdera devido a um atraso na vinda do Brasil.

Não sei por qual motivo me recolocaram no último voo do dia, sendo que havia vários antes. E eram apenas oito da manhã! Ou seja, eu perderia um dia (precioso) de viagem. O máximo que a companhia aérea brasileira fez, foi nos fornecer um vale-alimentação, como uma ajuda de custo devido à longa espera.

Quando a moça nos entregou o papel, indicou qual era o restaurante e foi embora sem mais explicações. Na confusão da negociação (eu estava indignada, pois tinha lugar nos voos anteriores, mas eles não quiseram tocar), não tive tempo de perguntar sobre o valor do ticket.

No vale estava escrito algo que não consegui identificar, parecia ‘RIZO’. Fomos almoçar e, quando veio a conta, nos surpreendemos com a diferença que tínhamos que pagar. Foi quando descobrimos o que estava escrito no vale: R150 (150 Rands; moeda local), cerca de R$ 50,00.

Esse era o valor que a companhia aérea nos ofereceu, mas acabamos por ultrapassá-lo por não termos nos informado antes. Como não foi nenhum grande prejuízo, rimos da situação, pagamos e fomos tentar, pela última vez, adiantar o voo.

No fim, tudo se resolve

No guichê da companhia aérea sul-africana, fui atendida por uma moça simpática e quando perguntei se ela poderia me colocar num voo anterior, ela disse SIM! Tudo bem que já eram três da tarde, mas consegui adiantar em uma hora, o que, naquela altura, já era ótimo.

Essa querida ainda nos colocou no lounge na companhia aérea, onde tomamos uma deliciosa taça de vinho branco esperando a hora de embarcar! Perdi um dia de viagem, devido a um imprevisto e complicações, mas nos últimos minutos, consegui adiantar o meu voo. 

Isso me fez lembrar de uma amiga, que sempre me falava em momentos difíceis: ‘calma, se ainda não deu certo, é porque ainda não chegou no final’. Não sei quem plagiou quem (risos), mas o escritor Fernando Sabino, meu conterrâneo, também escreveu:

“No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim.” 

Por fim, RISOS!

Por fim, risos!

Meses depois, enquanto escrevia esse texto, me dei conta que RIZO (o que li no vale-alimentação) tem a mesma pronúncia de RISO. Achei curioso, porque era o que eu queria: um momento alegre depois dos contratempos na chegada na África do Sul.

E o RISO é a forma mais espontânea de demonstração de alegria! Como psicanalista e amante das reflexões, não pude deixar de ler esse meu ‘ato falho’, como uma manifestação do meu desejo, naquele momento.

No fim, tudo deu certo, eu estava feliz e, finalmente, embarcamos para Cape Town! Mas a viagem, estava apenas começando.

*

Essa foi a segunda parte do relato: Africa do Sul: uma viagem a meia luz. Continua, no próximo texto.

Acompanhe e vem viajar comigo!


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Publicado por Adriana Prosdocimi Psicanalista

Psicóloga e psicanalista. Consultas online — uma forma de atendimento que rompe as barreiras da distância, facilitando o acesso ao psicólogo, inclusive para os brasileiros que vivem no exterior.

2 comentários em “No fim, tudo dá certo

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